Em O Super-Homem das Massas, Umberto Eco analisa géneros literários como a banda desenhada e o romance de cordel.
Eco mostra-nos como a figura do super-homem deixou de ter que ver com a que Nietzsche apresentara na segunda metade do século XIX. Para isso acompanha a evolução deste tipo de herói desde Os Mistérios de Paris de Eugène Sue até aos livros de Ian Fleming sobre o elegante agente James Bond, passando pelo Conde de Monte Cristo, Rocambole, Arsène Lupin, Tarzan e os heróis dos romances de Pitigrilli.
Através dos ensaios reunidos neste livro, o semiólogo italiano recentemente desaparecido reflete sobre os diferentes géneros do «romance popular», que vão desde o policial ao histórico, e investiga as relações entre este tipo de paraliteratura e as personagens de super-homens que foram sendo criadas.