Faz parte do universo de O Reino, próximo dos livros Um Homem: Klaus Klump, A Máquina de Joseph Walser, Jerusalém e Aprender a Rezar na Era da Técnica.
Talvez um tom, os livros com tons (cores, agressividades, velocidades) e não géneros literários.
Um tom, este: como flui o mal, a excitação, a passividade, a violência, pelos muitos solos da terra?
Passado num período de pós-guerra, num movimento de ressaca colectiva.
É um livro onde o meio aí está, logo no início, e aí fica até ao final.
Três homens e uma mulher apanhados num ponto das suas violentas vidas (quase) felizes.
A felicidade tem muitas variantes e algumas nada benignas.
Kahnnak, Albert Mulder, Maria Llurbai, Vassliss Rânia, três homens e uma mulher.
Um livro duro e triste.
SOBRE O AUTOR:
Gonçalo M. Tavares é autor de uma vasta obra que está a ser traduzida em cerca de cinquenta países.A sua linguagem em ruptura com as tradições líricas portuguesas e a subversão dos géneros literários fazem dele um dos mais inovadores escritores europeus da actualidade. Recebeu importantes prémios em Portugal e no estrangeiro. Em Portugal, destacam-se o Grande Prémio de Romance e Novela da APE, o Prémio Literário José Saramago, o Fernando Namora, entre outros. Em França, Aprender a Rezar na Era da Técnica foi premiado com o Prix du Meilleur Livre Étranger em 2010, prémio atribuído antes a autores como Elias Canetti, Robert Musil, Orhan Pamuk, Philip Roth, Gabriel García Márquez, entre outros. Recebeu ainda o Premio Internazionale Trieste Poesia em 2008, o Prémio Belgrado Poesia em 2009, o Grand Prix Littéraire du Web Cultura em 2010 e duas vezes o Prémio Oceanos no Brasil, tendo sido finalista por diversas vezes do Prix Médicis e do Prix Femina. Saramago vaticinou-lhe o Prémio Nobel. Vasco Graça Moura escreveu que Uma Viagem à Índia dará ainda que falar dentro de cem anos. Alberto Manguel considerou-o um dos grandes autores universais. Em entrevista recente, Vila-Matas comparou-o a Kafka e Lobo Antunes. O mesmo já fizera a The New Yorker, afirmando que, tal como em Kafka e Beckett, Gonçalo M. Tavares mostrava que a «lógica pode servir eficazmente tanto a loucura como a razão».
Recentemente, Gonçalo M. Tavares recebeu o primeiro prémio pelo conjunto da sua obra, o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2018, pela «originalidade da sua obra ficcional e ensaística, marcada pela construção de mundos que entrecruzam diferentes linguagens e imaginários». Em 2019 recebeu o prémio de melhor tradução literária no México com o livro Uma Menina Está Perdida no Seu Século à procura do Pai.
«Gonçalo M. Tavares é um escritor diferente de tudo o que lemos até hoje. Ele tem o dom – como Flann O’Brien, Kafka ou Beckett – de mostrar a forma como a lógica pode servir eficazmente tanto a loucura como a razão.» [The New Yorker]
«Portugal tem autores que fazem parte da grande literatura universal como Fernando Pessoa, Eça de Queiroz e, na nova geração, Gonçalo M. Tavares.» [Alberto Manguel]
«Estou convencido de que dentro de cem anos ainda haverá teses de doutoramento sobre passagens e fragmentos de Uma Viagem à Índia.» [Vasco Graça Moura]
«O grande escritor português do século XXI.» [José Mário Silva]
«É uma figura de enorme ousadia literária.» [Hélia Correia]
«Gonçalo M. Tavares vale por uma literatura inteira.» [António Guerreiro]
«[…] O único cuja obra eu considero original é o Gonçalo M. Tavares. É um escritor douto, capaz de abarcar um largo espectro de temas, de formas de linguagem, é imensamente culto e consegue trazer essa cultura para dentro dos seus livros.» [João Barrento]
«Há grandes autores portugueses vivos — Agustina Bessa-Luís, António Lobo Antunes e Gonçalo Tavares — que podem equiparar-se aos grandes escritores estrangeiros vivos.» [Pedro Mexia, Antena 3, Julho de 2018]