“Captar O Grande Gatsby num meio visual sempre foi difícil; em alguns aspetos, a própria linguagem é a personagem principal do romance, e as outras personagens são secundárias em relação à bela prosa de F. Scott Fitzgerald. Mas, sob a forma de romance gráfico, o texto tem um papel ativo na narrativa sem ser necessário que uma esmerada voz-off ou outros expedientes acompanhem a imagem. Por este motivo, há muito que esperávamos um romance gráfico de Gatsby; é emocionante poder apresentá-lo agora.” [Blake Hazard]
Fred Fordham nasceu em 1985 e cresceu no norte de Londres. Estudou política e filosofia na Universidade de Sussex enquanto trabalhava como retratista e muralista. Tem escrito e ilustrado histórias para várias publicações, entre as quais o romance gráfico de estreia de Philip Pullman.
O trabalho de Aya Morton foi destacado em Comics Art, de Paul Gravett, e exibido na London House of Illustration, além de ter recebido Awards of Excellence da Communication Arts, assim como uma menção honrosa da 3×3 Illustration Annual. Entre outros, Morton ilustrou His Dream of the Skyland, o primeiro livro da trilogia escrita por Anne Opotowsky, e trabalhou como freelancer em Londres e Portland, no Oregon, onde agora vive com o marido e os dois filhos.
SOBRE O AUTOR:
F. Scott Fitzgerald nasceu em 24 de setembro de 1896 em Saint Paul, Minnesota, nos EUA. Estudou numa escola privada, Saint Paul Academy, onde a arrogância o tornaria impopular. Leitor assíduo, publicou os seus primeiros trabalhos de ficção em 1911, no jornal da Newman School, em New Jersey. Em busca dos seus sonhos de glória, alistou-se nas Forças Armadas em 1917, quando os EUA entraram na Primeira Guerra Mundial. Em junho de 1918 é enviado para Camp Sheridan, perto de Montgomery, onde conhece Zelda Sayre, então com 18 anos. Para a seduzir, escreve Este Lado do Paraíso, que, após algumas recusas, acabaria por ser publicado em março de 1920. Transformado em símbolo de uma geração, o livro obtém o êxito financeiro que permite a Scott casar-se com Zelda. O casal parte para Paris e depois para a Côte d’Azur, onde se torna o centro das atenções. É aí que, depois de Belos e Malditos, escreve o seu melhor romance, O Grande Gatsby, cujo manuscrito será lido, com agrado, por Hemingway na esplanada da La Closerie des Lilas, em Montparnasse. Apesar das críticas favoráveis, o livro não alcança as vendas esperadas. Em finais de 1926 Fitzgerald parte para Hollywood, e Zelda, atingida pela depressão, passa cada vez mais tempo em casas de repouso e hospitais psiquiátricos. Assinando um contrato favorável com a MGM, Fitzgerald escreve argumentos para pagar as dívidas, a casa de saúde de Zelda e a escola da filha. Torna-se alcoólico e atravessa períodos depressivos, fase da sua vida transposta para The Crack-Up. Apesar disso, consegue escrever Terna É a Noite após nove anos de crise. O livro é um êxito comercial relativo e Fitzgerald morre em Hollywood em 1940, deixando inacabado O Último Magnate.