O Conde d’Abranhos

O Conde d’Abranhos é a apresentação irónica de um destacado político visto através de uma memória biográfica do seu secretário particular e acrítico servidor.
A obra foi escrita em 1869. …
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Categoria: Clássicos para Leitores de Hoje
EAN: 9789897833618
Data de publicação: 20231022
Nº de páginas: 168
Formato: 14,8 x 22,5 x 1,325 cms
Acabamento: Capa mole
Peso: 279 gramas
Descrição completa:

O Conde d’Abranhos é a apresentação irónica de um destacado político visto através de uma memória biográfica do seu secretário particular e acrítico servidor.
A obra foi escrita em 1869. Mas permaneceu inédita durante a vida de Eça de Queirós, sendo um dos textos que melhor reflecte o sentido de humor do autor, exercido sobre um político do século xix, mas que em muitos aspectos poderia ser um qualquer deputado ou governante português no século XXI.

SOBRE O AUTOR:
Eça de Queirós é o nosso maior romancista do século XIX e o único autor português que Harold Bloom integrou em Génio, entre as «cem mentes mais criativas» de sempre, além de Fernando Pessoa.
Nasceu na Póvoa de Varzim a 25 de Novembro de 1845, filho do magistrado e homem de letras Teixeira de Queirós e de Carolina Augusta, que o dera à luz aos dezanove anos. Os pais de Eça só se casariam e passariam a viver juntos quatro anos após o seu nascimento.
Eça ficou entregue aos cuidados de um avô paterno em Vila de Conde. Estudou depois no Colégio da Lapa no Porto, partindo aos dezasseis anos para Coimbra, onde se formaria em Direito.
Aí, conheceu Antero de Quental e outros escritores que formariam a Geração de 70. Publica «Notas Marginais» na Gazeta de Portugal, onde irá colaborar com textos influenciados pelo simbolismo e reunidos após a sua morte em Prosas Bárbaras.
Em 1866 instala-se em Lisboa, criando o grupo do Cenáculo. A sua intenção é exercer a profissão de advogado, de que depressa desiste. No final do ano, parte para Évora para dirigir o Distrito de Évora, onde escrevia a maioria dos artigos. Mas depressa se cansou da cidade e do jornal e, a 23 de Outubro de 1869, partiu com o conde de Resende rumo ao Cairo.
Colaborou nas Conferências do Casino em 1871, falando sobre o realismo de Zola, e escreveu com Ramalho Ortigão as primeiras Farpas. Foi episódico administrador do concelho de Leiria, mas em Novembro de 1871 partiu para Havana como cônsul, tendo aí escrito alguns dos seus contos. Daí seguiu para os EUA.
Em finais de 1874, é colocado em Newcastle, depois de uma breve passagem por Lisboa. Publica O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio, sendo sensíveis as influências de Balzac e Flaubert. Em 1879, já em Bristol, escreve O Conde d’Abranhos, A Capital e Alves & C.ª.
Na década de 1880, publica O Mandarim, A Relíquia, talvez a sua obra mais inovadora, e o seu último e melhor romance publicado em vida, Os Maias.
Em 1888, é colocado em Paris. Perdera as certezas estéticas iniciais. A sua vida passa a poder ser vista à luz da sua desconcertante personagem Fradique Mendes. Com problemas de saúde, escreve sobretudo contos, muitos passados em épocas antigas, como se o presente tivesse deixado de lhe interessar. Mas, receando parecer demasiado bucólico, decidiu não publicar A Cidade e as Serras.
Permaneceu em Paris até à sua morte, ocorrida a 16 de Agosto de 1900.

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