«(…) também lemos livros para saber o que envolve determinadas pessoas, essas que se recortam e separam do mundo para melhor se aproximarem dele em silêncio, que habitam numa roda de expectativa e escassez, que comem pouco, bebem e amam numa espécie de sonambulismo, e que também elas lêem livros para serem o que são e nos convidam vertiginosamente, eroticamente, perdidamente, a sermos o que ainda não somos: fragmentos de uma escrita ilegível e antiga.»
Eduardo Prado Coelho, Público, 17 Julho 1999
«E porque se trata de um romance, usam-se as palavras para ultrapassar esses limites, dando-nos Ana Teresa Pereira um texto muito próximo do encantatório, a raiar o que se imagina poderá ser essa linguagem dos pássaros que o herói procura.»
Helena Barbas, Expresso, 23 Março 2002
«O mesmo “pathos” sob cenários ligeiramente diferenciados, sucedendo-se agilmente. Lembra as sequências demoníacas que tornam sempre ao mesmo já outro de David Lynch em “Mulholland Drive”.»
Maria da Conceição Caleiro, Público, 5 Abril 2003