Este ensaio desenvolve, até ao campo que, não sem equívocos, se designa por Contemporaneidade, a investigação começada pelo autor com o livro O Plano de Imagem (1996), cujo propósito foi elaborar uma “arqueologia da modernidade”.Parte-se de uma concepção antiformalista do Modernismo, que permite reinterpretar criticamente os legados de Picasso, Duchamp ou Malévich, bem como o lugar de alguns artistas e movimentos europeus da década de 60 — Pop inglesa, Beuys, Arte Povera —, para evidenciar o que os diferencia ou opõe ao contexto da arte americana no mesmo período (Warhol, Minimalismo, Arte Conceptual).
“A esta luz, procuraremos pensar em que medida a Contemporaneidade, enquanto tempo de todos os tempos por ser o tempo de todas as imagens, se constituiu precisamente graças ao aflorar de uma nova dialéctica.A que coloca face a face o domínio aberto pelo tecnológico e o retorno incessante do arcaico (da arkhé), precisamente pelo facto de terem sido instaurados, um e outro, pela irrupção, graças ao fotográfico, do novo tempo das imagens: este nosso tempo.» [Da Introdução]
Esta obra, que é uma co-edição entre a Fundação de Serralves e a Relógio D’Água, resulta das conferências proferidas pelo autor na Fundação de Serralves entre Novembro de 2017 e Março de 2018, designadas Arte e Infinitude.