Fundada em 1982, a Relógio D’Água é uma editora independente.
É também um projecto cultural, não se limitando a publicar as obras que pensa que o leitor quer ler. Aposta antes num projecto criativo, entusiasmando os leitores no que lhe parece mais original em ficção e ensaio. Procura assim estabelecer no seu catálogo uma aliança entre a imaginação dos autores e os leitores capazes de reconhecerem os bons livros.
A editora é conhecida pela sua colecção de poesia, que divulgou autores de língua portuguesa como Fernando Pessoa, Cesário Verde, Ruy Cinatti, Fiama Hasse Pais Brandão, Joaquim Manuel Magalhães, João Miguel Fernandes Jorge, José Miguel Silva, Maria Andresen, Jaime Rocha, António Ramos Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles e Manuel Bandeira e edições bilingues de Hölderlin, Rimbaud, Blake, Rilke, Yeats, Wordsworth, Lorca, John Ashbery, T. S. Eliot, Dylan Thomas, Marina Tsvetáeva, Akhmatova, Auden, Emily Dickinson, Seamus Heaney, Sylvia Plath, Wallace Stevens, Neruda e Szymborska.
Na ficção estrangeira destacam-se, entre outros, Hermann Broch, Robert Walser, Eudora Welty, Duras, Peter Handke, Clarice Lispector, Virginia Woolf, Iris Murdoch, Don DeLillo, Cormac McCarthy, Beckett, Kerouac, Daphne du Maurier, Onetti, Evelyn Waugh, Boris Vian, J. G. Ballard, Tanizaki, Yukio Mishima, Alice Munro, Irvine Welsh, Lorrie Moore, Liudmila Ulítskaia e William Trevor.
A editora publica também alguns dos mais importantes romancistas portugueses, incluindo Vitorino Nemésio, Hélia Correia, Maria Gabriela Llansol, Rui Nunes, Ana Teresa Pereira e Gonçalo M. Tavares e ensaístas como José Gil, António Barreto, Maria Filomena Molder e Nuno Nabais.
Os romances clássicos formam uma das suas principais colecções. Vão de Goethe e Kafka a Proust, passando pela literatura russa de Tolstói, Lérmontov, Púchkin, Tchékhov, Turguéniev, Dostoievski e Bulgákov; a francesa de Flaubert, Guy de Maupassant e Stendhal; e a inglesa de Melville, Henry James, George Eliot e Dickens.
Além disso, há no catálogo da editora literatura juvenil (incluindo quase todos os clássicos), teatro, artes, comunicação, filosofia, ciências e várias colecções mais específicas como música, arquitectura e cinema.
A sua lista de ensaios em ciências humanas pretende ocupar uma parte das estantes de qualquer boa biblioteca europeia: de Platão a Montaigne, de Nietzsche a Foucault, Walter Benjamin, Freud, Deleuze, Hannah Arendt, Georg Simmel, Keynes, George Steiner, Oliver Sacks, incluindo ainda pensadores como Virilio, Baudrillard, Vilém Flusser, Lipovetsky, Elisabeth Badinter, McLuhan, Gianni Vattimo, Harold Bloom, Savater, Camille Paglia, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Žižek e Zygmunt Bauman.
Uma equipa de dezasseis pessoas em Lisboa e no Porto é responsável por um catálogo de mais de 1500 obras, a que se acrescentam anualmente cerca de 60 novos títulos.