“Era o dia 17 de Maio, e as rosas-chá do capitão Machado estavam abertas e já se desfolhavam. Lourença olhou da janela do quarto e achou que não havia razão para vestir roupa de agasalho. Estava calor, e do mar, ao fundo da avenida, vinha uma brisa esperta, com ar de dança. Mexia nos fios eléctricos e fazia balouçar os pardais rabotos que lá estavam. Lourença, se já não parecia contente com o vestido destinado para esse dia, mais contrariada ficou.”
Neste livro, continua a contar-se a história de Lourença, iniciada em Dentes de Rato.
São histórias que Agustina Bessa-Luís escreveu para os leitores mais novos, mas que, tal como Lourença, vão crescendo.
As preocupações de Lourença vão agora para os vestidos, as meias e o corpo que se vai modificando, e para dúvidas tão filosóficas como “Será que sou abençoada?”.