PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2019
Em Um Adeus Mais-Que-Perfeito Peter Handke narra-nos o que sabe, ou o que julga saber, sobre a vida e a morte da mãe, antes que, nas suas palavras, “a mudez apática, a extrema mudez” da tristeza se apodere dele para sempre.
Ainda assim, a experiência da mudez, que marca por igual o sofrimento e o amor, reside no coração da breve mas inesquecível elegia do autor, que nos dá um livro severo, escrupuloso e comovente. Uma obra singular, de um dos maiores escritores contemporâneos.
SOBRE O AUTOR:
Peter Handke nasceu em 1942, em Griffen, na Áustria. Os pais pertenciam ao meio operário, e as dificuldades que teve na infância levaram-no a recusar precocemente as mais diversas formas de opressão. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Graz, que abandonou em 1963, após o êxito da sua primeira obra, Os Moscardos. Tornou-se depressa um dos autores de língua alemã mais conhecidos e traduzidos, embora muitas vezes envolto em polémica. Escreveu romances, ensaios, poesia, obras de teatro, guiões cinematográficos de filmes de Wim Wenders como A Angústia do Guarda-Redes antes do Penalty e As Asas do Desejo. Em 2019, recebeu o Prémio Nobel da Literatura «por um trabalho influente que, com criatividade linguística, explorou a periferia e especificidade da experiência humana».