QUATRO QUARTETOS

«Embora em Four Quartets sejam audíveis continuidades da poesia de Eliot anterior a este novo ciclo da sua obra poética, quer em ecos de The Waste Land quer ainda em ressonâncias de poemas mais an…
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Categoria: Clássicos, Livros Premiados, Poesia
Tradução: Gualter Cunha
EAN: 9789727087679
Data de publicação: 20041122
Nº de páginas: 100
Formato: 13,8 x 21 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 142 gramas
Descrição completa:

«Embora em Four Quartets sejam audíveis continuidades da poesia de Eliot anterior a este novo ciclo da sua obra poética, quer em ecos de The Waste Land quer ainda em ressonâncias de poemas mais antigos como os de Poems (1920), esta nova sequência de poemas iniciada em 1936 radica sobretudo em novos pontos de partida, pressentidos nos “Poemas de Ariel” ou em Ash-Wednesday e ancoráveis em novas realidades, tanto do plano individual como do plano colectivo. Neste último plano a grande nova realidade é, sem dúvida, a da Segunda Guerra Mundial. Com excepção de “Burnt Norton”, escrito antes ainda de a intenção do conjunto se formar na mente de Eliot, os restantes poemas de Four Quartets, escritos entre 1939 e 1942, são a todos os títulos poemas da Segunda Guerra. Não só da guerra que fornece o espaço e o ambiente para um dos mais memoráveis momentos desta sequência, o encontro com o fantasma em “Little Gidding” numa manhã de Londres após um bombardeamento (Eliot pertencia ao corpo de vigilantes dos bombardeamentos na sua área de residência, Kensington), mas também da guerra que na precariedade imposta ao quotidiano (sobretudo em Londres sob o Blitz) e na incerteza aberta ao seu desfecho (durante os anos 40-42) suscita interrogações sobre as possibilidades e os sentidos da existência da vida e do tempo, e da vida no tempo. Na simplicidade dos factos da história é ainda a guerra que faz Eliot desviar a sua atenção da escrita dramática que então mais o motivava e o conduz à interioridade da voz lírica e ao projecto dos Quartets: “‘Burnt Norton’ poderia ter ficado sozinho se não tivesse sido a guerra, já que então eu me encontrava muito absorvido pelos problemas da escrita para o palco… A guerra destruiu esse interesse por algum tempo: lembram-se de como as condições da nossa vida mudaram, de quanto estávamos entregues a nós próprios nos primeiros tempos? ‘East Coker’ foi o resultado disso — e foi só ao escrever ‘East Coker’ que comecei a ver os Quartetos como um conjunto de quatro.”»

Da Introdução

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