Cronologia
1916 Nasce Manoel Wenceslau Leite de Barros, a 19 de dezembro, em Cuiabá, segundo filho de João Wenceslau Leite de Barros e Alice Pompeo Leite de Barros. Após dois meses, a família fixa residência em Corumbá e depois numa fazenda, no Pantanal.
1925-1928 Completa os estudos primários num internato em Campo Grande.
1928-1934 Muda-se para o Rio de Janeiro para continuar os estudos em regime de internato no Colégio São José, dos maristas. Lê os clássicos das literaturas portuguesa e francesa, e descobre a sua paixão e vocação para a poesia nos Sermões do padre António Vieira.
1934 Ingressa no curso de Direito. Influenciado por Camões, escreve cerca de cento e cinquenta sonetos. Entra em contacto com a obra de autores modernistas como Raul Bopp, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira.
1937 Publica o primeiro livro de poesia, Poemas concebidos sem pecado, em edição artesanal, no Rio de Janeiro.
1942 Publica Face imóvel.
1943-1945 Viaja para Nova York, onde frequenta cursos de cinema e pintura no Museu de Arte Moderna (MoMA). Conhece Poeta em Nueva York, de García Lorca, e a obra de poetas e escritores de língua inglesa como T.S. Eliot, Ezra Pound e Stephen Spender. Viaja pela América do Sul (Bolívia e Peru) e pela Europa (Roma, Paris, Lisboa).
1961 Publica Compêndio para uso dos pássaros.
1969 Publica Gramática expositiva do chão.
O livro conquista o Prémio Nacional de Poesia em Brasília e o Prémio da Fundação Cultural do Distrito Federal.
1982 Publica Arranjos para assobio, com capa de Millôr Fernandes.
É premiado pela apca, a Associação Paulista de Críticos de Arte.
1985 Publica Livro de pré-coisas.
1989 Publica O guardador de águas.
1990 Publica Gramática expositiva do chão (poesia quase toda).
1991 Publica Concerto a céu aberto para solos de ave, com capa e vinhetas de Siron Franco.
1996 Publica Livro sobre nada, com capa e ilustrações de Wega Nery.
A Sociedade dos Bibliófilos do Brasil publica a antologia O encantador de palavras, com ilustrações de Siron Franco.
A revista alemã Alkzent publica Das Buch der Unwissenheiten, tradução de Kurt Meyer-Clason de O livro das ignorãças.
Recebe o Prémio Alphonsus de Guimaraens, da Biblioteca Nacional, por O livro das ignorãças.
1997 Recebe o Prémio Nestlé de Literatura, por Livro sobre nada.
1998 Publica Retrato do artista quando coisa, com capa e ilustrações de Millôr Fernandes.
Recebe o Prémio Nacional de Literatura, do Ministério da Cultura, pelo conjunto da obra.
2001 Publica Tratado geral das grandezas do ínfimo.
Publica o livro infantil O fazedor de amanhecer, ilustrado por Ziraldo.
2003 Publica Memórias inventadas: A infância e o livro infantil Cantigas por um passarinho à toa, com ilustrações de Martha Barros.
2008 Publica Memórias inventadas: A terceira infância, com ilustrações de Martha Barros.
O livro conquista o Prémio apca de Literatura.
2010 Publica Menino do mato.
Publica Poesia completa no Brasil e em Portugal.
2012 Recebe o Prémio de Literatura Casa da América Latina/Banif 2012 de Criação Literária, Lisboa, por Poesia completa e o Prémio abl de Poesia, por Escritos em verbal de ave.
2014 Falece a 13 de novembro, em Campo Grande (MS).