O Senhor Brecht e o Sucesso

POSFÁCIO DE ALBERTO MANGUEL

O senhor Brecht é um contador de histórias, histórias por vezes políticas e com um certo humor negro. Tem sucesso e isso é um problema.

«O desempregado com fil…
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Categoria: Ficção, Ficção Portuguesa
EAN: 9789896418540
Data de publicação: 20160622
Nº de páginas: 72
Formato: 15,3 x 23,3 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 216 gramas
Descrição completa:

POSFÁCIO DE ALBERTO MANGUEL

O senhor Brecht é um contador de histórias, histórias por vezes políticas e com um certo humor negro. Tem sucesso e isso é um problema.

«O desempregado com filhos:
Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão.Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a mão que te resta.Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.Mais tarde foi despedido e de novo procurou emprego.Disseram-lhe: só te oferecemos emprego se te cortarmos a cabeça.Ele estava desempregado há muito tempo; tinha filhos, aceitou.»

«O genial Tavares, que inventou o Bairro onde vivem os mais estranhos e ao mesmo tempo os mais simples senhores que um Criador poderia imaginar, é um se- nhor que gosta de sumo de ananás e que leva inscrito na cabeça tudo o que já escreveu e tudo o que ainda escreverá. Há anos que suspeito que ele também vive no Bairro.» [Enrique Vila-Matas]

«Se não escrevesse livros, Gonçalo M. Tavares, estrela das letras portuguesas, podia ter sido urbanista: para ele a literatura é espaço, lugar onde habitar. Aberto e comum. A escrita é como uma casa com os seus alicerces, paredes e janelas que dão para o mundo. Por isso imaginou O Bairro, a sua biblioteca ideal concebida como uma cidade ideal que povoa pouco a pouco de “senhores”, os artistas preferidos do seu panteão, a quem consagra desde 2002 pequenos livros impossíveis de classificar.» [Livres Hebdo]

«Magnífico e hilariante.» [Le Magazine Littéraire]

«A sua escrita reúne, como poucas, uma imaginação transbordante, uma prosa elegante, eficaz, e uma tremenda originalidade.» [Sergio Pitol]

«É travesso, absurdo, borgeano. Parece Beckett cantado por Charles Trenet.» [Le Nouvel Observateur]

«Universos lúdicos, engenhosos e humorados.»[Bernardo Carvalho]

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