O Quarto de Jacob

Escrito em 1922, O Quarto de Jacob marca uma inovação narrativa de Virginia Woolf, que será confirmada em Mrs. Dalloway (1925) e Rumo ao Farol (1927). Com recurso a novas técnicas, em particular …
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15.30 

Categoria: Clássicos, Ficção
Tradução: João Pedro Vala
EAN: 9789897832239
Data de publicação: 20220322
Nº de páginas: 200
Formato: 15,3 x 23,3 x 1,4 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 304 gramas
Descrição completa:

Escrito em 1922, O Quarto de Jacob marca uma inovação narrativa de Virginia Woolf, que será confirmada em Mrs. Dalloway (1925) e Rumo ao Farol (1927). Com recurso a novas técnicas, em particular à corrente de consciência, Virginia Woolf arma um novo realismo capaz de romper com a mera descrição e o mundo das aparências.
Enquanto Jacob descobre a amizade e o amor, Woolf descobre-nos Jacob, e a interacção entre estas duas descobertas resulta numa realidade mais completa.
O romance começa com Jacob a brincar numa praia e termina no seu quarto vazio. Entre os dois episódios, decorreu a Primeira Guerra Mundial.

SOBRE A AUTORA:
Virginia Woolf nasceu em Hyde Park Gate em 1882, num final de século vitoriano. O seu pai era o crítico literário Sir Leslie Stephen. Virginia teve a sua primeira crise depressiva em 1904, aquando da morte do pai. Mudou-se, em seguida, para a casa do irmão Thoby e da irmã, a pintora Vanessa Bell, em Bloomsbury, onde estes se reuniam com outros escritores e artistas, incluindo Lytton Strachey, J. Maynard Keynes e Roger Fry. Essa foi a origem do célebre Bloomsbury Group. Entre os seus participantes estava também Leonard Woolf, com quem Virginia se casou em 1912. Cinco anos mais tarde, o casal fundou a Hogarth Press, que viria a publicar, além da própria Virginia Woolf, obras de T. S. Eliot, E. M. Forster e Katherine Mansfield, bem como traduções de Freud.
O primeiro romance de Virginia Woolf, A Via- gem, foi editado em 1915, mas seria O Quarto de Jacob (1922) a suscitar o seu reconhecimento como uma escritora inovadora. Essa evolução seria confirmada em Mrs. Dalloway, onde a sua escrita captou a evanescente matéria da vida e as fugidias experiências de Clarissa, através de um tempo psicológico e reversível. “Insubstancio, até certo ponto intencionalmente, não confiando na realidade — no que tem de reles”, escreveu no seu diário em Junho de 1923, quando trabalhava em Mrs. Dalloway. A sua abordagem modernista, caracterizada pelo uso da corrente de consciência e com ênfase na personagem e não no enredo, foi desenvolvida em Rumo ao Farol, nos monólogos de As Ondas, em Entre os Actos e em vários dos seus contos. Virginia Woolf suicidou-se no rio Ouse a 28 de Março de 1941, em plena II Guerra Mundial. Tinha então quase sessenta anos, publicara nove romances, sete volumes de ensaios, duas biografias e vários contos. Antes escrevera ao seu marido: “Tenho a certeza de que vou enlouquecer outra vez. E sinto-me incapaz de enfrentar de novo um desses terríveis períodos. Começo a ouvir vozes e não consigo concentrar-me (…). Se alguém pudesse salvar-me serias tu (…). Não posso destruir a tua vida por mais tempo.” E, finalmente, uma frase inesperada, que retoma a que Terence diz a Rachel morta, em A Viagem, seu primeiro romance: “Não creio que dois seres pudessem ser mais felizes do que nós o fomos.”

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