Este livro reúne cinco das principais novelas de Conrad.
O Negro do Narciso é uma das mais belas narrativas escritas sobre as paixões dos homens e do mar.
«A passagem tinha começado, e o navio, fragmento separado da terra, continuou o seu caminho, solitário e rápido como um pequeno planeta. À sua volta, os abismos do céu e da terra encontraram-se numa fronteira inatingível. Uma grande solidão circundante movia-se com ele, sempre diferente e sempre idêntica, sempre monótona e sempre imponente.»
«Bastante mais terrível [do que o Inferno de Dante] é o de Coração de Trevas, o rio de África que o capitão Marlow sobe, entre margens de ruínas e de selvas (…).» [J. L. Borges]
«No Extremo Limite não é menos trágico. A chave da história é um facto que não revelaremos e que o leitor descobrirá gradualmente.
H. L. Mencken, que certamente não é pródigo em ditirambos, afirma que No Extremo Limite é uma das melhores narrativas, extensa ou breve, nova ou antiga, das letras inglesas.» [J. L. Borges]
«Desde o primeiro título proposto, O Segundo Eu, à evocação insistente da duplicidade psíquica, o conto convida a leituras que se concentrem no mistério da personalidade, nas ameaças e oportunidades da autodivisão, no esforço da integração.» [Michael Levenson]
Imaginem um homem na «linha de sombra», essa fase indecisa da vida em que não se é mais jovem e a maturidade atrai e repele. Imaginem que esse homem é um marinheiro. Imaginem finalmente um veleiro quase imóvel esperando o sopro da brisa, enquanto a febre e o delírio se apoderam dos tripulantes e os acontecimentos parecem tecer sobre o navio a sombra de uma maldição.