«Mas não acontece isso mesmo com toda a obra de Duchamp, e, em particular, com os ready-mades? Sabemos que quando Duchamp começou a pintar (o que o levaria rapidamente a cessar de fazer desenhos humo- rísticos) nenhum dos seus quadros manifestava o mínimo traço de humor. Mas, de repente, ele surge no meio das suas experimentações cubistas.» [José Gil]
«Este “tratamento” que implicou a destruição da linguagem, das emoções e intensidades habituais é levado ainda mais longe, provoca um abalo do qual não se sai ileso. Duchamp introduz cortes, suspensões, rupturas, reduções, afastamentos, explosões que ignoram e anulam o sentido e produzem uma anestesia.» [Ana Godinho]