«Emblema? Símbolo? Mito? O Barão é tudo isso; mas antes de tudo isso, independentemente de todos esses valores que lhe são dados pelo meio, pela raça, pelo tempo (utilizemos, já agora, sem rebuço, a trípode do velho Taine!), é um ser concreto, que nos parece de “carne e osso” pelo modo como a estrutura da novela o apresenta, gradualmente o desoculta, incompletamente o ilumina; é um ser que nos perturba, e revolta, e comove, com os seus defeitos e as suas qualidades, as suas obsessões, os seus sonhos, a sua índole pessoal e intransmissível… Daí, a incomparável espessura que ele tem como criatura romanesca. E, todavia, O Barão não é apenas o Barão.» [Do Prefácio de David Mourão-Ferreira]
SOBRE O AUTOR:
Branquinho da Fonseca nasceu em Maio de 1905 em Mortágua. Era filho do escritor Tomás da Fonseca. Estudou Direito em Coimbra, onde colaborou com José Régio e João Gaspar Simões na fundação da revista Presença. Escreveu contos, novelas, romances, poesia e teatro. Foi director do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães e criador e primeiro director das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian.