Nós e Outras Novelas

SOBRE O LIVRO:
Deste livro fazem parte a distopia Nós, duas «novelas inglesas» e o romance O Flagelo de Deus, que Zamiátin deixou inacabado.
Nós, a mais conhecida das suas obras, foi escrita em…
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17.10 

Categoria: Distopias, Ficção, Ficção Científica
Tradução: Filipe Guerra, Nina Guerra
EAN: 9789896419806
Data de publicação: 20191122
Nº de páginas: 384
Formato: 15,3 X 23,3 x 2 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 567 gramas
Descrição completa:

SOBRE O LIVRO:
Deste livro fazem parte a distopia Nós, duas «novelas inglesas» e o romance O Flagelo de Deus, que Zamiátin deixou inacabado.
Nós, a mais conhecida das suas obras, foi escrita em 1921 e publicada em inglês em Nova Iorque em 1925, depois em checo em 1927 e em francês em 1929, tendo influenciado 1984 de Orwell e Anthem de Ayn Rand. Inspira-se na tendência da sociedade inglesa, a economia industrial mais evoluída da época, para a regulamentação e um controlo da vida humana em que não há lugar para a individualidade. Revelou-se profético no que respeita à evolução do regime russo, que apostou na indústria pesada e nos planos quinquenais. Foi escrito na forma do diário de um construtor de uma espécie de nave espacial destinada a levar a «felicidade» aos habitantes de outros planetas. O narrador vê-se, por força das circunstâncias, perante um dilema: continuar a ser uma peça da máquina que é o Estado Único ou arriscar-se a ter sentimentos como amor e compaixão. O regime comunista proibiu a publicação da obra.
O Pescador de Homens é a designação dada pelo autor à personagem desta narrativa, escrita em 1918. A personagem central, marido exemplar e «um dos apóstolos voluntários da Sociedade da Luta contra o Vício», é um caso acabado de hipocrisia.
O Flagelo de Deus, a obra que Zamiátin não chegou a terminar, é uma narrativa histórica de evidente actualidade, decorrendo numa época de migrações e de sensação de catástrofe iminente.

SOBRE O AUTOR:
Evguéni Zamiátin nasceu em 1884 na cidade de Lebedian, a sudeste de Moscovo, no então Império Russo. A mãe era música; o pai, sacerdote ortodoxo e professor. Estudou Engenharia Naval em São Petersburgo, de 1902 a 1908, tirando o curso no Instituto Politécnico. Começou então a escrever os seus contos de sátira política e social. De 1905 a 1910, militou na ala bolchevique do Partido Social-Democrata. Preso durante a Revolução Russa de 1905, foi expulso de São Petersburgo, vivendo em vários lugares do Império Russo, entre os quais a aldeia finlandesa de Lahti. Tornou-se um dos principais construtores navais e, em 1916, foi enviado para os estaleiros de Newcastle, onde se construíam quebra-gelos para a Rússia.Era já então um escritor conhecido, autor de novelas como Uma História Provinciana (1912), Alatir (1914) e No Cu do Diabo (1914), que lhe valeu um processo judicial.
Logo após a Revolução de 1917, Zamiátin regressou à Rússia e, no meio do caos e da fome, continuou a escrever os seus contos, trabalhando na editora Literatura Mundial, em várias associações de escritores, e em revistas literárias. Desde 1920, leccionou Literatura Russa moderna. Publicou Os Ilhéus e O Pescador de Homens, as suas «novelas inglesas» satíricas, cuja ligação com a sua famosa distopia Nós, escrita em 1921, é evidente.Apesar do apoio inicial à revolução, Zamiátin foi-se tornando cada vez mais crítico da evolução da sociedade soviética. Os seus livros acabaram por ser proibidos, sendo alvo de ataques da crítica, em especial depois da publicação não autorizada por Zamiátin de alguns fragmentos de Nós numa revista de emigrados russos. Zamiátin solicitou várias vezes autorização para sair do país, conseguindo-a só em 1931, depois de ter feito um apelo a Stálin, que, sob a influência de Górki, acabou por aceder ao seu pedido. Zamiátin instalou-se em Paris e colaborou com o realizador Jean Renoir. Morreu na pobreza em 1937, sendo sepultado no cemitério de Thiais, no Sul de Paris.

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