Na Colónia Penal

Na Colónia Penal foi escrito por Franz Kafka em 1914 e publicado no final da Primeira Guerra Mundial.
Um explorador, cujo nome não conheceremos, visita uma distante ilha tropical, transformada em c…
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8.10 

Categoria: Clássicos
Tradução: Carlos Leite
EAN: 9789897831331
Data de publicação: 22/04/2021
Nº de páginas: 56
Formato: 13,5 x 21 x 0,5 cms
Acabamento: capa mole
Peso: 96 gramas
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Descrição completa:

Na Colónia Penal foi escrito por Franz Kafka em 1914 e publicado no final da Primeira Guerra Mundial.
Um explorador, cujo nome não conheceremos, visita uma distante ilha tropical, transformada em colónia penal por um país poderoso. É convidado a participar numa execução pública, realizada por um aparelho desenvolvido por um antigo comandante da ilha. Um sofisticado mecanismo inscreve na carne dos condenados as razões do castigo, realizando em seguida a sua sinistra tarefa.
A narrativa é feita numa linguagem distanciada e fria, podendo interpretar-se como uma alegoria dos horrores que as sociedades conheceram desde o início do século xx, mergulhadas em guerras por vezes quase ignoradas, injustas com os mais fracos, cruéis com os adversários e cada vez mais dominadas pela tecnologia e por tecnocratas impiedosos e imorais.

SOBRE O AUTOR:
Franz Kafka nasceu a 3 de Julho de 1883, no bairro judeu de Praga, filho de Julie Löwy e do comerciante Hermann Kafka. Frequentou o ensino primário na escola alemã Deutsche Knabenschule, o que terá influenciado a escolha da língua em que irá escrever, apesar de saber checo e em diversas ocasiões ter estudado o iídiche. Estudou Filologia na Universidade Alemã de Praga e terminou uma licenciatura em Direito em Novembro de 1903. Aos 20 anos, escreve a novela A Criança e a Cidade. Em 1906, exerce actividade como advogado e, dois anos depois, emprega-se no Instituto de Seguros para os Acidentes de Trabalho. Kafka vai escrever o essencial da sua obra entre 1908 e 3 de Junho de 1924 em Praga e Berlim. Ao longo desses dezasseis anos, viajou por diversos países, por vezes em companhia de amigos, entre os quais Max Brod. Passou temporadas em sanatórios, sobretudo desde que lhe foi diagnosticada tuberculose em Setembro de 1917.
Teve relações amorosas com Felice Bauer, Milena Jesenská, Julie Wohryzek e Dora Diamant. Mas, para ele, o essencial na vida foi a escrita, os seus três romances incompletos, os diários, os contos e as novelas. O seu universo ficcional foi marcado por uma concepção mística da tradição e pela experiência do homem na cidade moderna, dependente de um aparelho burocrático controlado por instâncias indiferentes, remotas e por isso cruéis. Instituições estatais e patriarcas uniam-se para inscrever labirintos de culpa em espíritos como o de Kafka. Para Kafka, a realidade chegava na forma de um rumor das coisas autênticas e dessa espécie de loucura que era a essência das suas personagens. Dos seus três romances, O Desaparecido é o menos kafkiano, e O Processo, o mais celebrado. A Metamorfose é uma novela quase perfeita que faz a ponte entre os romances e os três volumes de contos que nos deixou, dos quais A Construção da Muralha da China, Na Colónia Penal e o póstumo O Artista da Fome são talvez os mais extraordinários. Deixou ainda aforismos e um extenso diário. Internado no sanatório de Kierling, perto de Viena, em 1924, na fase terminal da sua tuberculose, Kafka pediu ao seu amigo e médico Robert Klopstock que o ajudasse a morrer, quando verificou que estava a perder a fala.

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