Ela vive na Rua do Loreto, na paragem do 28. Ele, o combatente, estaciona carros ruas abaixo, na António Maria Cardoso. Maremoto narra a amizade entre ambos, avô e neta acidentais, catástrofe e salvamento.
De Lisboa a uma Bissau imaginada, Boa Morte da Silva, arrumador de carros, arruma a sua vida, escreve-se, dirigindo-se à filha que mal conhece. “Vou cegar minha dor para a minha dor não encontrar teu coração. Que a minha dor nunca encontre o teu caminho, Aurora. Que a minha dor nunca te encontre.”
SOBRE A AUTORA:
Djaimilia Pereira de Almeida (n. 1982) é autora de Esse cabelo, Ajudar a cair, Luanda, Lisboa, Paraíso (Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2018 e Prémio Literário Fundação Eça de Queiroz 2019) e Pintado com o Pé.