«A História em Duas Cidades é, acima de tudo, um jogo de espelhos, de similitudes e contrastes. Antes de mais nada, obviamente, entre as duas cidades do título, Londres e Paris. A Revolução Francesa abalou o mundo, gerou ondas de fascínio e pavor que reverberaram durante muitas gerações. Escrevendo em 1859, setenta anos depois do sucedido, Dickens traçou para o seu público vitoriano um retrato daqueles tempos conturbados, o tempo dos avós dos seus leitores. Um tempo já distante mas ainda bem vivo na memória colectiva, uma viragem decisiva na história do mundo e da Europa. História em Duas Cidades não é, porém, um livro de história. Quando muito, será um romance histórico. (…)»
[Da Introdução]«Em História em Duas Cidades a vida está sobretudo na sublime negatividade de Madame Defarge e no seu tricot, uma das mais conseguidas criações de Dickens, e que funciona como evidente metáfora da narrativa do próprio romance.»
[Harold Bloom, em Romancistas e Romances]