FISIOLOGIA DO GOSTO

«Se Brillat-Savarin tivesse escrito o seu livro hoje, não teria faltado quem pusesse no número das perversões esse gosto pela comida que ele defendia e ilustrava. A perversão é, se assim a podem…
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Categoria: Gastronomia
Tradução: José Cláudio, Júlia Ferreira
EAN: 9789896411497
Data de publicação: 20100122
Nº de páginas: 224
Formato: 15,3 x 23,3 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 376 gramas
Descrição completa:

«Se Brillat-Savarin tivesse escrito o seu livro hoje, não teria faltado quem pusesse no número das perversões esse gosto pela comida que ele defendia e ilustrava. A perversão é, se assim a podemos definir, o exercício de um desejo que não serve para nada, tal como um corpo que se entrega ao amor sem ter a intenção de procriar. Ora Brillat-Savarin sempre assinalou, no plano da alimentação, a distinção entre a necessidade e o desejo: “O prazer de comer exige que se tenha fome ou, pelo menos, apetite; o prazer da mesa é muitas vezes independente de ambos”. Numa época em que o burguês não sentia qualquer culpabilidade social, Brillat-Savarin serve-se de uma oposição cínica: de um lado, há o apetite natural, que é da ordem da necessidade; do outro, o apetite de luxo, que é da ordem do desejo.» [Da Nota de Roland Barthes]

Jean Anthelme Brillat nasceu a 2 de Abril de 1755 em Belley, tendo falecido em Paris em Fevereiro de 1826. Foi um dos mais famosos gastrónomos franceses e filosoficamente um epicurista.
Brillat estudou Direito, Química e Medicina em Dijon e regressou depois à sua cidade natal para exercer advocacia. Maire de Belley foi enviado como deputado do terceiro estado à Constituinte e depois à Assembleia Nacional de 1789.
Politicamente moderado, da ala girondina, acabou por ser perseguido com a radicalização da revolução. Procurou asilo na Suíça e Holanda e, em seguida, nos Estados Unidos, onde deu aulas de francês e música, tendo sido primeiro violino do Park Theater de Nova Iorque. Regressou a França em 1797, sendo nomeado juiz do Supremo Tribunal. Foi nessa época que adoptou o apelido Savarin, após a morte de uma tia que lhe deixara toda a sua fortuna na condição de adoptar o seu nome de família.
Neste pacífico cargo, longe das tempestades políticas parisienses e do estrépito das batalhas europeias, publicou várias obras de Direito e de Economia e a sua famosa Fisiologia do Gosto, lançada em Dezembro de 1825, sem menção do autor, dois meses antes da sua morte por pneumonia.
A obra alcançou um sucesso quase imediato, sendo colocada ao lado das Máximas de La Rochefoucauld e dos Caracteres de La Bruyère.

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