ISTO NÃO É UM LIVRO DE MEMÓRIAS, ISTO É UMA CONVERSA
“O que eu quero dizer é que podemos largar muitas peles, mas, no fundo, continuamos a ser a maldita da mesma serpente.
Mas a tua conceção das coisas agora é completamente diferente, por certo, não?
Bem, o jovem Nick Cave podia dar‐se ao luxo de encarar o mundo com um certo desdém, uma vez que não fazia a menor ideia daquilo que o esperava. Hoje em dia, consigo ver que esse desdém ou desprezo pelo mundo era uma espécie de luxo ou de indulgência, até de vaidade. Ele não tinha a menor noção da preciosidade da vida — da sua fragilidade. Não tinha a menor ideia do quão difícil, se bem que essencial, é amar o mundo e tratar o mundo com misericórdia. E, como já disse, não tinha a menor ideia do que estava por vir. Era completamente inocente a respeito de todas essas coisas.”
FÉ, ESPERANÇA E CARNIFICINA É UM LIVRO SOBRE A VIDA INTERIOR DE NICK CAVE. Escrita a partir de mais de quarenta horas de conversas íntimas com o jornalista Seán O’Hagan, esta é uma profunda exploração, através das palavras do próprio Nick Cave, sobre o que realmente dirige a sua vida e criatividade.
O livro examina questões de crença, arte, música, liberdade, sofrimento e amor. Mostra com singeleza a vida de Nick Cave desde criança até aos dias de hoje, os seus amores, o seu trabalho ético e a sua dramática transformação em anos recentes.
Fé, Esperança e Carnificina oferece degraus de esperança e inspiração de um verdadeiro visionário.
SOBRE OS AUTORES:
NICK CAVE é músico há mais de quarenta anos e tornou-se famoso como compositor e cantor da banda Nick Cave and The Bad Seeds, cujo último álbum, Ghosteen, foi considerado o seu melhor disco. A obra de Nick Cave desdobra-se ainda na composição de bandas sonoras para filmes, esculturas em cerâmica e escrita de romances. Nos últimos anos, através do site The Red Hand Files e dos eventos ao vivo In Conversation, Cave explorou uma relação mais profunda com os seus fãs.
SEÁN O’HAGAN entrevistou vários grandes artistas, escritores e músicos durante as últimas quatro décadas. Hoje é escritor no The Observer e crítico de fotografia no The Guardian.