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E Tudo o Vento Levou tem como pano de fundo a Guerra Civil Americana, que opôs o Norte industrializado ao Sul das grandes propriedades de trabalho escravo negro.
A bela e caprichosa Scarlett O’Hara vive em Tara, no estado sulista da Geórgia, numa plantação de algodão. Estamos em 1861. Os seus amigos e, em geral, todos os jovens aguardam com entusiasmo a entrada na guerra, esperando uma vitória rápida. A exceção é o aventureiro Rhett Butler, que se sente atraído por Scarlett. Mas esta está apaixonada por Ashley Wilkes, que se prepara para casar com Melanie Hamilton. Depois da guerra, Scarlett procura reconstruir a propriedade familiar para onde regressa, recorrendo à obstinação, astúcia e mesmo a um casamento de conveniência.
E Tudo o Vento Levou foi escrito ao longo de dez anos por Margaret Mitchell, tendo conhecido edição em 1936 e acabando por ser a única obra da autora publicada em vida (a sua novela adolescente Lost Laysen teve edição póstuma).
Venceu o National Book Award (1936), o Pulitzer no ano seguinte, foi traduzida em dezenas de línguas e vendeu milhões de exemplares.
O romance apresenta a visão do Sul derrotado, que tentou contrariar o sentido libertador da evolução, mas os seus dramas e paixões transcendem, como sempre sucede em literatura, as circunstâncias sociais da época.
Em 1939, Victor Fleming e Sam Wood realizaram um filme sobre o romance, sendo os papéis principais desempenhados por Vivien Leigh e Clark Gable.
“Ninguém que sente prazer com a arte da ficção pode ignorar E Tudo o Vento Levou. Um livro de qualidade invulgar, uma narrativa soberba.”
[The New York Times]
“O melhor romance que alguma vez nos chegou do Sul.”
[The Washington Post]
“Fascinante e inesquecível.” [Chicago Tribune]
SOBRE A AUTORA:
Poucas vezes uma autora com uma vida tão prosaica escreveu um romance que incendiasse de tal modo a imaginação de sucessivas gerações de leitores.
Margaret Mitchell nasceu na cidade norte-americana de Atlanta em 1900. O seu pai era um conhecido advogado, que presidia à Sociedade de História de Atlanta, e a mãe uma empenhada sufragista. Desde muito nova, Margaret interessou-se pelas narrativas da Guerra de Secessão, que o seu pai, mãe e alguns veteranos confederados lhe contavam.
Na infância e adolescência, escreveu algumas histórias sobre animais, amores românticos e cowboys. Estudou na escola primária da sua cidade e iniciou depois o curso de medicina no Smith College, tencionando ser psiquiatra. A morte em combate do seu noivo, o tenente Clifford Henry, em França, e depois da sua mãe, vítima da gripe espanhola, levaram-na a regressar a casa, para cuidar do pai e do irmão, tendo desenvolvido projetos sociais junto da população negra de Atlanta. Pouco depois, tornou-se jornalista, colaborando, a partir de 1922, na Sunday Magazine do The Atlanta Journal.
Depois de um primeiro divórcio, casou-se a 4 de julho de 1925, Dia da Independência, com um antigo namorado, o diretor de publicidade John R. Marsh.
Em 1926, sofreu um acidente, e foi durante a convalescença que iniciou o romance que a tornaria célebre.
O livro foi escrito de modo algo caótico, acumulando episódios à medida que a autora tomava conhecimento de novos documentos e testemunhos. Tal como noutros grandes romances, é a guerra, com o seu cortejo de perigos e separações, que confere às relações amorosas uma intensidade inesperada.
A publicação em 1936 de E Tudo o Vento Levou e a sua rápida transformação no que é talvez o maior êxito literário da primeira metade do século xx fizeram de Margaret Mitchell uma mulher abastada. Decidiu então deixar de escrever para se dedicar a obras de filantropia.
A 11 de agosto de 1949 foi atropelada, tendo falecido dias depois.