«Entre os cerca de cinquenta tratados consagrados à felicidade durante o século XVIII, o da marquesa du Châtelet (1706–1749) é segura-mente um dos mais interessantes para se relerem hoje em dia. Várias razões presidem a este juízo. Em primeiro lugar, e contrariamente aos homens que escreveram sobre este assunto, ela soube distinguir entre as condições da felicidade em geral e daquela com que as mulheres deveriam conten-tar–se, sem por isso permanecerem dentro dos limites que lhes eram estabelecidos. Além do mais, o Discurso de Madame du Châtelet é obra de uma mulher excepcional, tanto pela sua personalidade como pelos seus talentos intelectuais e a sua vida invulgar.»
Do Prefácio de Elisabeth Badinter