Manuela Azevedo sublinha também a importância deste crescimento gradual, que fez dos Clã o grupo firme, profissional e reconhecido que hoje aceitamos entre a linha da frente da grande família pop/rock portuguesa: «Há coisas boas nesse tipo de crescimento lento, progressivo. Uma delas é o facto de termos tempo para aprender e digerir o que acontece em cada etapa. (…) por termos crescido devagarinho, sem ter de responder a vendas de discos, conquistámos qualquer coisa importante. E quando tivemos um certo sucesso, mesmo subliminar, com o Lustro, destruímos logo isso com um disco nada comercial. Com tudo isto conquistámos uma liberdade inabalável a nível criativo, podendo colaborar com quem quisermos e fazermos o que entendermos nos discos. E isso é uma coisa muito preciosa para quem gosta de fazer música e de arte em geral.»
Da Introdução de Nuno Galopim