Joyce encontrou Nora Barnacle em 1904 em Dublin quando ela era ainda uma jovem de cabelos ruivos e ondulados e andar altivo.
Joyce era então um jovem tímido que passeava as suas ambições literárias em longas caminhadas solitários pela cidade.
Estas cartas de Joyce tornaram-se famosas há duas décadas pela crua descrição das suas fantasias sexuais, mas são muito mais do que isso.
Nora desempenhou um papel essencial na vida de Joyce e na criação das personagens femininas. O próprio Joyce reconhece numa das cartas que o corpo «musical e estranho e perfumado» de Gretta Conroy em «Os Mortos» é inspirado em Nora.
Nora reaparece na Bertha de Exilíos, na Molly Bloom de Ulisses, e até na Anna Livia de Finnegans Wake.
As cartas a Nora concentram-se em dois grandes períodos. O primeiro é em 1904, ano do seu encontro. É a emocionante crónica do surgimento de uma paixão amorosa, ao mesmo tempo romântica e erótica, atravessada pelas dúvidas e os ciúmes de Joyce.
Outro período tem começo em Agosto de 1909, quando Joyce está em Dublin com o filho e Nora permanece em Trieste, onde o casal se havia fixado.
Esta separação e a provável intriga de um amigo do escritor vão provocar uma profunda crise em Joyce, cujos ciúmes se intensificam. É neste período que as cartas oscilam entre o céu e o inferno, o ciúme e a entrega, o romântico e o obsceno.
CARTAS A NORA
Joyce encontrou Nora Barnacle em 1904 em Dublin quando ela era ainda uma jovem de cabelos ruivos e ondulados e andar altivo.
Joyce era então um jovem tímido que passeava as suas ambições liter…
Joyce era então um jovem tímido que passeava as suas ambições liter…
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