CANSAÇO, TÉDIO, DESASSOSSEGO

«Uma vez admitida a noção de “vida heteronímica”, trata-se então de explorar todo um campo que até agora mereceu pouca atenção. Múltiplas questões nascem, cuja sondagem se revela pert…
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Categoria: Crítica Literária, Literatura Portuguesa
EAN: 9789896413897
Data de publicação: 20131022
Nº de páginas: 128
Formato: 15,3 x 23,3 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 238 gramas
Descrição completa:

«Uma vez admitida a noção de “vida heteronímica”, trata-se então de explorar todo um campo que até agora mereceu pouca atenção. Múltiplas questões nascem, cuja sondagem se revela pertinente para a compreensão de tal e tal heterónimo. Por exemplo, porque é que Fernando Pessoa faz morrer Caeiro e mais nenhum heterónimo? Ou: como caracterizar o corpo de Caeiro a que o poeta neopagão se refere constantemente? A estas perguntas, os dois primeiros ensaios deste livro procuram responder. Mas inúmeras outras pedem resposta: porque é que Álvaro de Campos interfere na relação amorosa de Fernando Pessoa e Ofélia (quando nenhuma relação desse tipo se vislumbra na obra do engenheiro naval)? Porque é que o patrão Vasques se destaca no deserto da paisagem humana do Livro do Desassossego? (…)
Este conjunto de textos divide-se em duas partes: na primeira, explora-se uma ínfima área da “vida heteronímica” formada de “acontecimentos e elementos” reais dessa vida, no caso exclusivo de Alberto Caeiro. Na segunda parte, o campo analisado remete para os mecanismos de construção da “subjectividade” heteronímica (estendendo-a ao teatro); e para o mapa — a traçar, em toda a sua complexidade — dos afectos que atravessam o Livro do Desassossego e o corpo de Bernardo Soares.»

[Da Nota Prévia]
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