«No zócalo, um maluco que estava rodeado de fumos disse-me que tinha uma marca que ia do centro da testa até cada uma das pernas: uma marca que começava lá em cima num ponto único e se dividia depois: uma linha para cada perna. Era uma marca invisível, um caminho invisível: primeiro um sítio maldito que partia do centro da testa, mas depois a tinta maldita ia-se diluindo em traço, e de um traço único passava a dois traços, um para cada uma das pernas, traços cada vez mais finos, menos malditos, mais fracos, e chegavam os dois traços aos pés já quase sem forças, sem maldição, sem raiva»
«Porque é que havemos de pôr as coisas em termos de Nobel?! Talvez fosse preferível pensar-se “Poderão ser grandes escritores ou não?” (…) o mais cotado parece-me, sem dúvida, o Gonçalo M. Tavares. Sem dúvida.» [António Lobo Antunes]
«De onde vem esta alminha negra e libertária sem acinte?
Este talento tão só consigo mesmo, por mais referências que jogue? Esta frieza a quente.» [Maria Velho da Costa]
«Penso que há alguns grandes autores de ficção, ainda vivos e jovens . (…) um é o Gonçalo M. Tavares.» [Manuel Gusmão]
«Produz textos magníficos a uma velocidade alucinante.» [Armando Silva Carvalho]
«Um grande escritor.» [Mário de Carvalho]
«Porque esta arte do perigo, do medo, do improvável e mesmo do absurdo é um pressuposto essencial da escrita – foi-o para Llansol, continua a sê-lo para Gonçalo M. Tavares.» [João Barrento]