O nome Byron faz parte da língua inglesa. A palavra inglesa “Byronic” sugere excessos, feitos diabólicos e rebeldia. Mais do que qualquer outro poeta, Byron tem vindo a personificar o poeta enquanto rebelde; imaginativo e sem leis, que vai para lá de raça, crença ou fronteira. As suas falhas gigantescas redimem- -se pelo seu magnetismo e pelo heroísmo que, ao acabar em tragédia, o ergueu do particular ao universal.
George Gordon, Lord Byron, media cerca de um metro e sessenta e cinco, sofria de uma malformação no pé direito, tinha o cabelo castanho, uma tez extremamente pálida, as têmporas de alabastro, dentes como pérolas, os olhos cinzentos e as pestanas muito escuras, e um encanto a que nem os homens nem as mulheres podiam resistir. Tudo nele era paradoxal: reservado e expansivo, belo e disforme, grave e jovial, perdulário mas por vezes avaro, e possuía uma inteligência selvagem aprisionada numa magia e malícia pueris. Era também um poeta gigantesco, mas, como nos recorda, a poesia é uma faculdade à parte e não tem mais a ver com a pessoa do poeta do que o transe da pitonisa com a mulher comum em que se manifesta.
A biografia de Edna O’Brien centra-se nas mulheres da vida de Byron, particularmente na relação entre ele, a sua mulher e a meia-irmã.
«Incontestavelmente grande.» [Los Angeles Times]
«A maior escritora irlandesa… comovente, sombria e sedutora.» [Tatler]