Quando um advogado de Nova Iorque precisa de empregar um escrivão, é Bartleby quem responde ao anúncio. Apresenta-se «pálido e asseado, com um ar respeitável mas que inspirava compaixão, e claramente desamparado». Começando por se mostrar um empre- gado prestável, rapidamente começa a recusar trabalho, dizendo apenas: «Preferia não o fazer.» Assim começa a história de Bartleby — absurdamente passivo, parado- xalmente disruptivo —, uma história que rapidamente muda de registo de farsa para uma inexplicável tragédia.
«Bartleby é mais do que um artifício ou ócio da imaginação onírica; é fundamentalmente um livro que nos mostra essa inutilidade essencial, que é uma das quoti- dianas ironias do universo.»
[J. L. Borges]