“As observações mais inteligentes que já foram escritas sobre literatura”, disse Nabokov. “Penso que nunca se escreveu nada de mais belo e mais profundo”, armou o filósofo William James. “Coloco em primeiro lugar ‘Um Capítulo sobre Sonhos’”, afirmou Borges.
Este volume reúne diferentes ensaios sobre literatura de aventuras, em que Stevenson via a própria essência da ficção.
SOBRE O AUTOR:
Robert Stevenson nasceu a 13 de novembro de 1850 em Edimburgo, na Escócia. O seu pai era um conhecido engenheiro.
Aventureiro e viajante, Stevenson estudou Engenharia na Universidade de Edimburgo e depois frequentou o curso de Direito. Apesar de passar os exames, nunca exerceu advocacia, preferindo cultivar uma imagem de boémio liberal.
Começou a viajar para encontrar um clima mais favorável aos seus pulmões, mas também pelo seu espírito aventureiro. Visitou por diversas vezes a França, onde era bem recebido nos circuitos artísticos e literários.
Os seus primeiros livros foram de viagens, como An Inland Voyage, onde relata a sua viagem de canoa de Antuérpia até ao norte de França.
De hábitos nómadas, habituou-se a viajar com o mínimo de equipamento, roupa, livros e um terrier negro de orelhas peludas, que, de acordo com o humor do seu dono, foi mudando de nome: Walter, Wattie, Woggs, Bogue…
Em 1876 conheceu, durante uma estada na aldeia francesa de Grez, na floresta de Fontainebleau, Fanny Van de Grift Osbourne. Depois de a seguir para a América, e de ela se divorciar do marido, em 1880 casam-se. Entre 1880 e 1887 residem com os filhos de Fanny em Inglaterra, onde Stevenson escreveu os seus livros mais famosos: A Ilha do Tesouro e O Estranho Caso do Dr. Jekyll e de Mr. Hyde.
Após a morte do pai do escritor, em 1887, o casal regressou à América, levantando âncora para o sul do Pacífico no ano seguinte, numa viagem com episódios publicados em vários jornais norte-americanos.
Finalmente, em 1890, Stevenson adquire uma propriedade em Upolu, uma das ilhas de Samoa, onde constrói uma casa e é bem recebido pela população cujos direitos defendeu. Vivia numa casa de madeira, com uma biblioteca em que as capas dos livros tiveram de ser envernizadas para serem protegidos da humidade. Os nativos chamavam-lhe Tusitala, aquele que conta histórias.
É em Samoa que morre, a 3 de dezembro de 1894. O seu corpo foi enterrado junto ao monte Vaea, com uma ampla vista para o mar.