«Há, no entanto, um último vector da categoria de repetição que importa salientar. Constantin Constantius diz: “A repetição é a realidade, e é a seriedade da existência. Aquele que quer a repetição amadureceu em seriedade. Esta é a minha declaração de voto.” E numa outra passagem acrescenta: “a repetição é o lema em qualquer intuição ética; a repetição é conditio sine qua non para todo e qualquer problema dogmático.” “Lema” e “declaração de voto” são actos linguísticos que surgem aqui a balizar o interesse ético da repetição. “O lema” — “Løsnet”, que também tem o significado de “senha”, no sentido de palavra de passe — indica ou uma orientação ou o factor que franqueia a entrada num domínio reservado: ou seja, a repetição é a orientação fundamental, que há que não perder de vista, para a súbita decisão da escolha ética, que em Kierkegaard é antes de mais escolha de si próprio; e é ao mesmo tempo a chave que abre o terreno do ético.» [Da Introdução]
A Repetição
«Há, no entanto, um último vector da categoria de repetição que importa salientar. Constantin Constantius diz: “A repetição é a realidade, e é a seriedade da existência. Aquele que quer a …
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