A Rebelião das Massas

SOBRE O LIVRO

«O homem vulgar, antes dirigido, resolveu governar o mundo. Esta resolução de avançar para o primeiro plano social produziu-se nele automaticamente assim que amadureceu o novo tip…
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Categoria: Ensaios
Tradução: Artur Guerra
EAN: 9789896419226
Data de publicação: 20191022
Nº de páginas: 264
Formato: 15,3 x 23,3 x 1,8 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 386 gramas
Descrição completa:

SOBRE O LIVRO

«O homem vulgar, antes dirigido, resolveu governar o mundo. Esta resolução de avançar para o primeiro plano social produziu-se nele automaticamente assim que amadureceu o novo tipo de homem que ele representa. Se, atendendo aos efeitos de vida pública, se estuda a estrutura psicológica deste novo tipo de homem-massa, encontra-se o seguinte: primeiro, uma impressão nativa e radical de que a vida é fácil, sobrada, sem limitações trágicas; portanto, cada indivíduo médio encontra em si uma sensação de domínio e triunfo que, segundo, o convida a afirmar-se a si mesmo tal qual é, a dar por bom e completo o seu haver moral e intelectual. Este contentamento consigo próprio leva-o a fechar-se a qualquer instância exterior, a não ouvir, a não pôr em causa as suas opiniões e a não contar com os outros. A sua sensação íntima do domínio incentiva-o constantemente a exercer predomínio. Actuará, pois, como se no mundo só existissem ele e os seus congéneres, portanto, terceiro, intervirá em tudo impondo a sua opinião vulgar, sem consideração, contemplação, trâmites ou reservas, quer dizer, segundo um regime de “acção directa”.»Uma questão que adquire renovada actualidade na sociedade das redes sociais.

SOBRE O AUTOR

José Ortega y Gasset nasceu em 1883 em Madrid, numa família ligada ao jornalismo e à política. Fez estudos superiores na Universidade de Deusto, em Bilbau, e depois na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Central de Madrid. Entre 1905 e 1907, estudou em várias cidades alemãs, como Leipzig, Nuremberga, Berlim e sobretudo Marburgo, onde contactou com pensadores neokantianos.
De regresso a Espanha, foi nomeado professor de Psicologia, Lógica e Ética na Escola Superior do Magistério de Madrid e, em 1910, assumiu a cátedra de Metafísica na Universidade Central.
Dirigiu o semanário España em 1915 e colaborou no diário El Sol desde a sua fundação em 1917, tendo aí publicado na forma de fascículos Espanha Invertebrada e A Rebelião das Massas.
Em 1923, fundou a Revista de Occidente, de que foi diretor até 1936, divulgando obras de Oswald Spengler, Edmund Husserl, Georg Simmel, Franz Brentano e Bertrand Russell.
Durante a II República, foi eleito deputado pela província de Leão, tendo criticado a evolução do regime no discurso conhecido como «Rectificación de la República», em dezembro de 1931.
No início da Guerra Civil, e apesar de doente, abandonou Espanha para fugir às pressões exercidas por grupos políticos de esquerda. Viveu em Paris, depois nos Países Baixos e na Argentina, tendo fixado residência em Lisboa em 1942.
A partir de 1945, visitou Espanha com alguma frequência. Impedido de recuperar a sua cátedra, fundou um Instituto de Humanidades em Madrid, onde foi professor. Já então era evidente a influência que exerceu na filosofia de Espanha e ibero-americana, não só pelos temas abordados, mas também pelo estilo vivo e repleto de metáforas que permitiu que fosse lido por um público mais vasto do que o habitual na filosofia. A sua doutrina da razão vital pretendia ultrapassar a oposição entre racionalismo e vitalismo, uma espécie de «cartesianismo da vida».
Morreu em 18 de outubro de 1955 em Madrid, deixando uma vasta obra ensaística.

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