A Polaquinha é o único romance de Dalton Trevisan.
E, tal como sucede a muitos outros contistas, de Tchékhov a William Trevor, o seu romance pode ser lido como uma série de contos ligados entre si.
«E para nos dar esta Curitiba povoada por estes curitibanos tragicómicos, a um pelo do pícaro, Dalton Trevisan foi-se à eloquência e cravou-lhe a faca. Ironia, elipse, nenhuma cedência ao romantismo nem ao realismo mágico, aí estão outras armas brancas do escritor, afiadas à secretária-mesa-de-cela-monacal.»
Fernando Assis Pacheco, Prefácio a Cemitério de Elefantes, 1984
«Provavelmente o maior contista brasileiro do século xx.»
Abel Barros Baptista
«Dalton Trevisan (…) pertence ao movimento de total renovação que transformou a literatura latino-americana, até recentemente considerada marginal e provinciana, numa das mais experimentais da atualidade.
Meticuloso, um tanto obsessivo, Dalton Trevisan persegue as sujas pegadas das suas personagens. As suas histórias (como certas narrativas de Melville e Kafka na interpretação de Borges) apresentam “fantasias de conduta”.»
E. Rodríguez Monegal, The New York Times Book Review
«… as suas curtas e irónicas epifanias atingem a revelação das elípticas personagens de Maupassant e Tchékhov.»
Bruce Allen, Library Journal
«Existe forte veio de erotismo nestas histórias. Não é exibicionista, mas funcional para as intenções do autor. É mesmo o símbolo absurdo da cidade, dos seus estreitos e confinados horizontes.»
Thomas Lask, The New York Times
«A reação que se tem ao ler Trevisan é uma espécie de raiva. Raiva da perfeição da discrição do autor, da sua absoluta invisibilidade moral, quando sabemos que ele deve estar à espreita, escondido atrás do seu estilo.»
Michael Wood, The New York Times Book Review