A Poesia Como Arte Insurgente

Lawrence Ferlinghetti, poeta, dramaturgo e editor, é hoje, aos 97 anos, o único sobrevivente da Beat Generation, movimento que inclui autores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg.
Descendente de uma …
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Categoria: Poesia
Tradução: Inês Dias
EAN: 9789896416935
Data de publicação: 20161222
Nº de páginas: 128
Formato: 13,8x21 cms
Acabamento: Capa Mole com Sobrecapa
Peso: 128 gramas
Descrição completa:

Lawrence Ferlinghetti, poeta, dramaturgo e editor, é hoje, aos 97 anos, o único sobrevivente da Beat Generation, movimento que inclui autores como Jack Kerouac e Allen Ginsberg.
Descendente de uma família ítalo-portuguesa, Ferlinghetti nasceu em Nova Iorque em 24 de Março de 1919.
O pai, imigrante, morreu seis meses antes do seu nascimento. Quando tinha dois anos, a mãe teve sérios problemas nervosos. Por isso, foi criado por um tio materno e por uma tia de origem francesa, de nome Emily. Quando o casal se separou, Ferlinghetti teve de mudar-se para França com Emily. De regresso aos EUA, viveu num orfanato, pois a tia ficara desempregada.
Apesar das dificuldades, conseguiu formar-se como jornalista na Universidade da Carolina do Norte em 1941, indo então servir na marinha americana durante a Segunda Guerra Mundial. Depois de esta terminar, obteve um mestrado em Columbia e um doutoramento na Sorbonne. Em Paris, conheceu a poesia de Eliot e Pound e encontrou Kenneth Rexroth, que o convenceu a ir para São Francisco para participar na cena contracultural da cidade.
Aí fundou como sócio a livraria e editora City Lights, especializada em poesia (publicou o livro Howl de Allen Ginsberg, censurado e confiscado pelas autoridades norte-americanas, que processaram o editor).
O papel de Ferlinghetti foi essencial na criação do movimento da Beat Generation. Como refere Larry Smith, autor do livro Lawrence Ferlinghetti: Poet-at-Large: “O que resulta do panorama histórico em que Ferlinghetti se envolveu é um padrão social envolvente de experimentação literária.” Smith acrescenta que o papel de Ferlinghetti foi muito superior ao de editor e organizador: “Além de ter moldado a ideia do que é ser um poeta no mundo, criou uma forma poética que é ao mesmo tempo retoricamente funcional e socialmente vital.”
Ferlinghetti defende que a arte deve ser acessível a todos, não apenas a um punhado de intelectuais com educação superior e a sua carreira foi marcada por um constante desafio ao statu quo.
O seu livro A Coney Island of the Mind é um dos livros de poesia mais vendidos na história dos EUA.

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