A Chama, de Leonard Cohen, é um legado de poemas, canções, desenhos e versos dispersos, às vezes registados em cadernos de apontamentos e até guardanapos de bar.
É uma despedida deliberada, que evita os sentimentalismos.
Pouco antes da sua morte em novembro de 2016, Leonard Cohen disse em entrevista: «Estou preparado para morrer. (…) A certa altura, e se estás ainda na posse das tuas capacidades, (…) tens de aproveitar a oportunidade para deixar tudo em ordem. Talvez seja um cliché, mas subestima-se o seu poder analgésico. Deixar tudo em ordem, quando se pode fazê-lo, é uma das atividades mais reconfortantes, e os benefícios são incalculáveis.»
Esta despedida de Cohen, que recolhe textos já publicados e inéditos, evidencia a variedade dos talentos de um romancista, poeta e cantor, singular, lírico e filosófico, terno e corrosivo, feroz e generoso. Inclui novos poemas sobre a guerra, o arrependimento e a amizade, as letras das canções dos seus últimos quatro álbuns, fragmentos dos cadernos que guardou desde a adolescência e uma série de autorretratos e outros desenhos.
No conjunto, reflete uma sensibilidade que oscila entre o carnal e o místico, a melancolia e o apego à vida, a irreverência e o ceticismo, o perfil de alguém que enfrentou a morte com a mesma inteireza com que viveu.
A Chama
A Chama, de Leonard Cohen, é um legado de poemas, canções, desenhos e versos dispersos, às vezes registados em cadernos de apontamentos e até guardanapos de bar.
É uma despedida deliberada, que…
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