Correspondência (1959-1965)

Agustina Bessa-Luís e Juan Rodolfo Wilcock conheceram-se em Julho de 1959 em Lourmarin, perto de Aix-en-Provence, num colóquio em que escritores e filósofos se tinham reunido para debater o «provi…
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Categoria: Cartas, Não-Ficção
EAN: 9789897831164
Data de publicação: 20210422
Nº de páginas: 248
Formato: 15,3 x 23,3 x cms
Acabamento: capa mole
Peso: 380 gramas
Descrição completa:

Agustina Bessa-Luís e Juan Rodolfo Wilcock conheceram-se em Julho de 1959 em Lourmarin, perto de Aix-en-Provence, num colóquio em que escritores e filósofos se tinham reunido para debater o «provincianismo e universalismo na cultura europeia». Com a sua habitual irreverência, Agustina Bessa-Luís referiu-se ao encontro como uma «majestosa mediocridade». Alguns dias mais tarde, Agustina e o marido Alberto Luís encontraram ocasionalmente Wilcock em Veneza. Foi semanas depois desse encontro, a que se seguiram outros em Roma, que se iniciou a troca de correspondência entre eles.

«Um dos traços que definem este epistolário é a intensidade.»
[Do Prefácio de Ernesto Montequin]

SOBRE A AUTORA
Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa nasceu no dia 15 de Outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante. Viveu a maior parte da sua vida no Porto. Publicou o primeiro livro, a novela Mundo Fechado, em 1949, muito elogiado por Pascoaes e Aquilino. Seguiram-se, com especial destaque, os Contos Impopulares (1951- -1953) e, em 1954, o duplamente premiado romance A Sibila, que, no dizer de Eduardo Lourenço, «deslocou o centro da atenção literária». Agustina iniciou então, em vertiginoso ritmo, a edição de muitas dezenas de obras percorrendo todos os géneros literários, incluindo a imprensa periódica, simultaneamente com a representação de Portugal em organismos internacionais, tais como o Congress for Cultural Freedom (1959) e a Communità Europea degli Scritori (1961/62). Tem a Laurea Honoris Causa da Università degli Studi di Roma «Tor Vergata» (2008).
Foi distinguida com o grau de Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres, atribuído pelo Governo francês em 1989.Foi Sócia Emérita da Academia das Ciências de Lisboa. Viajou e usou da palavra por quase todo o mundo. Entre outros, foram-lhe conferidos o Prémio Ricardo Malheiros (A. C. L.) 1966 e 1977, o Prémio Adelaide Ristori (Centro Cultural Italiano de Roma, 1975), o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 1983 e 2001, o Prémio Internacional União Latina 1997, o Prémio Camões 2004 e o Prémio de Literatura do Festival Grinzane Cinema de Turim 2005.«Eu considero-a com Fernando Pessoa um dos dois escritores verdadeiramente geniais que Portugal produziu no século XX, e creio que todos os outros estão muito, mas muito abaixo deles. Mais, para mim a Agustina é o maior escritor em prosa de toda a literatura portuguesa» (António José Saraiva, in António José Saraiva e Óscar Lopes: Correspondência). Morreu com 96 anos, a 3 de Junho de 2019.

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