Existirá algum modo de conferir sentido aos tempos que vivemos, repletos de guerra e destruição? Na sua análise, Hannah Arendt refere que a glorificação da violência não se restringe a uma pequena minoria de militantes e extremistas. A sensação de repulsa pública pela violência que se sentia após a Segunda Guerra Mundial dissipou-se, assim como as filosofias de não-violência dos primeiros movimentos de direitos civis. Como sucedeu esta mudança? Aonde nos irá levar?
Para responder a estas perguntas, Hannah Arendt põe diversas teorias sobre violência numa perspetiva histórica, reexaminando a relação entre guerra, política, violência e poder. Questiona a natureza do comportamento violento, aponta as causas da sua manifestação e argumenta contra a máxima de Mao Tsé-Tung — «O poder está no cano de uma arma», considerando que «o poder e a violência são contrários; quando um deles governa absolutamente, o outro está ausente».
«Na literatura sobre a violência, um nicho especial deve ser reservado a este estudo. Incisivo, aprofundado, numa escrita simples e elegante, fornece as bases ideais para o entendimento da turbulência em que vivemos hoje em dia.»
The Nation