AGUSTINA-RÉGIO — CORRESPONDÊNCIA (1955-1968)

PREFÁCIO DE MÓNICA BALDAQUE

«Data a primeira carta de Agustina para José Régio de Setembro de 1955, e aí começou a correspondência entre os dois, que se manteve por 13 anos…
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Categoria: Cartas
EAN: 9789897835179
Data de publicação: 22/11/2024
Nº de páginas: 128
Formato: 15,3 x 23,3 x 1,05 cms
Acabamento: capa mole
Peso: 237 gramas
Descrição completa:

PREFÁCIO DE MÓNICA BALDAQUE

«Data a primeira carta de Agustina para José Régio de Setembro de 1955, e aí começou a correspondência entre os dois, que se manteve por 13 anos. […] Ao longo da correspondência, cada um vai dando a conhecer ao outro o livro que escreve, ou que saiu, e comenta-o com elegância e admiração mútua. […] Sobretudo o que transparece deste diálogo é uma grande amizade. Agustina vai-se dedicando, revelando a sua qualidade humana, e manifesta para com José Régio um sentimento protector. Quando o aconselha a mudar-se para uma cidade, até lhe sugere uma casa na Rua de Belomonte, no Porto.» [Do Prefácio de Mónica Baldaque]

SOBRE OS AUTORES:
Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa nasceu no dia 15 de Outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante. Viveu a maior parte da sua vida no Porto. Publicou o primeiro livro, a novela Mundo Fechado, em 1948, muito elogiado por Pascoaes e Aquilino. Seguiram-se, com especial destaque, os Contos Impopulares (1951-1953) e, em 1954, o duplamente premiado romance A Sibila, que, no dizer de Eduardo Lourenço, «deslocou o centro da atenção literária».
Agustina iniciou então, em vertiginoso ritmo, a edição de muitas dezenas de obras percorrendo todos os géneros literários, incluindo a imprensa periódica, simultaneamente com a representação de Portugal em organismos internacionais, tais como o Congress for Cultural Freedom (1959) e a Communità Europea degli Scritori (1961/62). Tem a Laurea Honoris Causa da Università degli Studi di Roma «Tor Vergata» (2008).
Foi distinguida com o grau de Officier de l’Ordre des Arts et des Lettres, atribuído pelo Governo francês em 1989.
Foi Sócia Emérita da Academia das Ciências de Lisboa. Viajou e usou da palavra por quase todo o mundo. Entre outros, foram-lhe conferidos o Prémio Ricardo Malheiros (A. C. L.) 1966 e 1977, o Prémio Adelaide Ristori (Centro Cultural Italiano de Roma, 1975), o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores 1983 e 2001, o Prémio Internacional União Latina 1997, o Prémio Camões 2004 e o Prémio de Literatura do Festival Grinzane Cinema de Turim 2005.
«Eu considero-a com Fernando Pessoa um dos dois escritores verdadeiramente geniais que Portugal produziu no século xx, e creio que todos os outros estão muito, mas muito abaixo deles. Mais, para mim a Agustina é o maior escritor em prosa de toda a literatura portuguesa» (António José Saraiva, in António José Saraiva e Óscar Lopes: Correspondência).
Morreu com 96 anos, a 3 de Junho de 2019.

José Régio, pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde a 17 de Setembro de 1901.
Foi aí que fez o 5.º ano do liceu e publicou os primeiros poemas em A República e O Democrático.
Depois de estudar num internato no Porto, partiu para Coimbra, onde se licenciou em Filologia Românica em 1925, com uma tese sobre poetas então quase desconhecidos, como Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro. Foi professor no Porto e em Portalegre, tendo leccionado nesta cidade entre 1929 a 1962, regressando a Vila do Conde em 1966.
José Régio fundou em 1927, com Branquinho da Fonseca e João Gaspar Simões, a importante revista Presença, que marcou o segundo modernismo português.
Tendo colaborado em variadas publicações, como a Seara Nova, o Diário de Lisboa ou a revista luso-brasileira Atlântico, a obra de Régio foi reflectindo os conflitos entre homem e Deus, o artista e a sociedade, numa obra poética e ficcional de tom místico e intimista.
Entre os seus títulos principais, contam-se Poemas de Deus e do Diabo (1925), a novela Davam Grandes Passeios aos Domingos (1941) e romances como O Príncipe com Orelhas de Burro (1942) e A Velha Casa I, II, III, IV e V (1945-1966). Distinguem-se, no ensaio, As Correntes e as Individualidades na Moderna Poesia Portuguesa (1925) e, no teatro, Jacob e o Anjo (1940) e Benilde ou a Virgem-Mãe (1947).
Colaborou com Manoel de Oliveira em vários filmes.
Faleceu em Vila do Conde a 22 de Dezembro de 1969.

 

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