O FALECIDO MATTIA PASCAL

Escrito em 1904, O Falecido Mattia Pascal é um romance em que, com apreciável dose de humor negro, Luigi Pirandello explora os mistérios de identidade. Nele se conta a história de um homem que, ca…
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Categoria: Ficção
Tradução: José Lima
EAN: 9789897832284
Data de publicação: 20/06/2024
Nº de páginas: 240
Formato: 15,3 x 23,3 x 1,65 cms
Acabamento: capa mole
Peso: 352 gramas
Descrição completa:

Escrito em 1904, O Falecido Mattia Pascal é um romance em que, com apreciável dose de humor negro, Luigi Pirandello explora os mistérios de identidade. Nele se conta a história de um homem que, cansado da sua vida de bibliotecário e da monotonia do casamento, decide viajar até Monte Carlo, onde a sorte lhe permite obter no casino uma enorme fortuna.
É no regresso a casa que toma conhecimento de que, por engano, foi considerado morto.
Decide começar uma nova vida com fortuna e outro nome, pensando assim libertar-se de compromissos e obrigações. Mas, depois de viajar algum tempo sem estabelecer ligações de amor ou amizade, sente que o anonimato não o torna livre nem feliz.
Decide fixar-se numa pensão em Roma, onde se apaixona por uma mulher, Adriana. É ao perceber que não lhe pode contar a verdade que decide forjar uma segunda morte.

SOBRE O AUTOR:
Luigi Pirandello nasceu em 1867, em Agrigento, Sicília. O pai dedicava-se ao comércio de enxofre e a família tinha tradições liberais e patrióticas. Terminado o ensino secundário em Palermo, Pirandello matriculou-se na Universidade de Roma, e mais tarde na de Bona, na Alemanha, onde se formou em Letras com uma tese sobre o dialeto da sua terra natal.
Regressou a Itália doutor em Filologia e com um livro de versos, Elegias Renanas.
Instalou-se em Roma com intenção de se dedicar à escrita, mas a crise do negócio do pai forçou-o a dedicar-se ao ensino.
A vida de Pirandello vai desenrolar-se durante vários anos entre a escola e a casa. Em 1893, publica o primeiro romance, L’Esclusa, em folhetins num jornal diário. Segue-se a coletânea de contos Amores sem Amor e o romance O Turno.
Entre as duas grandes influências italianas, a de D’Annunzio e a de Verga, Pirandello inclina-se para esta última.
Em 1894, casou com Antonietta Portulano, que viria a atravessar um progressivo processo de loucura, e de quem teve três filhos.
Pirandello conheceu dificuldades materiais, até em 1897 ser nomeado professor de História da Literatura. Começa a colaborar em jornais e revistas, como o Corriere della Sera e La Lettura, publicando contos e ensaios, entre os quais O Humorismo e Arte e Ciência.
O romance que o tornou conhecido, O Falecido Mattia Pascal, sai em 1904.
Em 1918, a esposa é internada numa casa de saúde, de onde não mais sairá, e o seu filho mais velho é feito prisioneiro pelos Alemães (está-se no final da I Guerra Mundial).
É então que o teatro lhe surge como o género literário mais adequado ao que pretende exprimir. Escreve obras dramáticas, uma espécie de teatro dentro de teatro, como Seis Personagens em busca de Autor, recebida com uma pateada na estreia romana em 1921, mas que iniciou depois um caminho de sucesso na Europa e na América. Publica também Henrique IV e Vestir os Nus. Em vários aspetos da sua obra teatral é visível a influência de Ibsen.
A partir dos anos vinte, Pirandello levou uma vida errante na companhia teatral que dirigia, tendo mesmo estado em Lisboa em 1931, no Congresso Internacional da Crítica, onde foi encenada uma peça da sua autoria, Um Sonho, ou talvez não.
Luigi Pirandello foi um dos mais notáveis dramaturgos modernos, cultivando o estilo antitético. Isso não será estranho se pensarmos que a retórica foi uma arte siciliana, sendo o seu fundador Empédocles e o seu continuador Górgias, que procurou usá-la para fazer o seu público tomar consciência da natureza ambígua de toda a verdade.
Pirandello recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1934 e faleceu em 1936, aos setenta anos, durante as filmagens de O Falecido Mattia Pascal.
Deixou sete romances, 250 contos e 30 peças teatrais que escreveu nas casas que teve, nos camarins de teatro e nos hotéis de muitas cidades de Itália, da Europa e dos EUA.
As suas obras são marcadas pelo humor e o ceticismo.

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