Como se manifesta a experiência quotidiana nas zonas de habitação da nossa cidade? Existe ainda um modo de pensar, um padrão de comportamento, um momento nas relações capaz de constituir um terreno comum sobre o qual possamos fundar uma confiança recíproca? Ou serão a fragmentação e a precariedade processos tão profundos que aumentam a distância social e a indiferença? Os outros serão apenas uma ameaça ou, pelo contrário, sujeitos com os quais temos o dever de conviver e cooperar? O que prevalece, o medo ou a confiança?
Zygmunt Bauman, sociólogo polaco radicado em Inglaterra, é considerado um dos mais atentos observadores das contradições do mundo moderno e pós-mo-der-no. Bauman não procura as leis absolutas do comportamento humano, nem tão-pouco as enreda numa crítica moral, antes se concentra nos laços que permitem a vivência em comum e que tendem a desaparecer.
Zygmunt Bauman nasceu na Polónia, em 1925, onde estudou e ensinou Sociologia. Hoje é professor na Universidade de Leeds, no Reino Unido. Entre as suas principais obras contam-se Amor Líquido, Modernidade e Ambivalência e A Sociedade Cercada.