«A revelação de um mundo marginal e miserável vai de par com a “carnavalização” da narrativa, onde a pista de circo é o tablado simbólico do drama da existência e não apenas o lugar onde o Palhaço oferece o espectáculo grotesco do seu suicídio. Nos melhores momentos da obra, a sua escrita ultrapassa um esteticismo antinaturalista e convencional, que se compraz num vocabulário decadente e nos requintes verbais inspirados na écriture artiste, para se abrir a uma dimensão expressionista, que deixa entrever a marca de um estilo que se tornará inconfundível.»
Da Introdução de
Maria João Reynaud