«De 1912 a 1915, Raul Brandão
sentiu uma espécie de tentação histórica,
que aliás se enquadrava perfeitamente no gosto e nas
tendências da época, e que deu origem a duas obras,
El-Rei Junot e Vida e Morte de Gomes Freire (…)»
«Nesta obra, os subtítulos oferecem uma espécie
de resumo das várias coordenadas que se
inter-jogam: “Quem matou Gomes Freire — Beresford,
D. Miguel Pereira Forjaz, o Principal Souza
— Mathilde de Faria e Mello — Cartas e Documentos Inéditos”;
os títulos dos capítulos dão uma ideia do tipo de
sucessividade narrativa — “Campanhas”, “Cartas”;
“Pela Liberdade”; “Vida Íntima”; “Hum principalmente…”;
“Inicia-se o Processo”; “O Processo”; “Um Homem de Estado”;
“O Mistério”; “Felizmente Há Luar”.
Como se vê, não há um fio cronológico rígido, mas
uma contínua amostragem de ambientes
e processos, havendo a preocupação de salientar o meio
obscurantista e arbitrário, que provocou a
condenação e morte do protagonista.»
Do Prefácio
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