OS DEMÓNIOS

Verkhovenski e Stavróguin são os líderes de uma célula revolucionária russa. O seu objectivo é derrubar o governo, destruir a sociedade e tomar o poder. Mas quando o grupo está prestes a ser de…
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Categoria: Clássicos Russos, Ficção
Tradução: António Pescada
EAN: 9789896411534
Data de publicação: 20100422
Nº de páginas: 624
Formato: 15,3 x 23,3 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 926 gramas
Descrição completa:

Verkhovenski e Stavróguin são os líderes de uma célula revolucionária russa. O seu objectivo é derrubar o governo, destruir a sociedade e tomar o poder. Mas quando o grupo está prestes a ser descoberto uma questão se coloca. Estarão os seus elementos dispostos a matar-se uns aos outros para encobrir o seu rasto? O romance baseia-se, em parte, na história de um estudante assassinado pelos seus colegas revolucionários. Mas é também uma descrição da Rússia do século XIX e uma acusação contra os que usam a violência em nome dos seus princípios.
Tolerado por Lenine, banido por Estaline, cujo regime parece ter antecipadamente previsto, Dostoievski só seria redescoberto na URSS a partir dos anos 60 do século XX. É que a extrema atenção com que o autor de Os Demónios seguia os acontecimentos da sua época permitiu-lhe prever os excessos e sofrimentos para que o seu país caminhava.

«Os romances de Dostoievski representam graus sucessivos de uma busca da existência de Deus; neles é elaborada uma profunda e radical filosofia da acção humana. Os heróis de Dostoievski estão embriagados de ideias e consomem-se no fogo da linguagem.»

«Muito do mal que torna sombrio Os Demónios resulta da profanação ou perversão do amor (…), o modo como Stavróguina esvazia a alma dos homens para que os demónios nela possam entrar pode ser visto, com extraordinária força e equilíbrio dramático, no episódio da reunião em casa de Verkhovenski. A cena é a Última Ceia e o modo de a tratar é ao mesmo tempo irónico e elegíaco. (…) Não podemos esgotar os significados de Stavróguin, como não podemos esgotar os de Hamlet ou do Rei Lear.»

[George Steiner, Tolstói ou Dostoievski]
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